reminiscências, I
A casa musicalmente vazia me absorve os dedos
como aos farelos sobre a mesa.
Também o vinho.
Olhos recortados na superfície das janelas,
maçanetas me agridem a memória.
O cheiro permanecido dos quartos,
pertencimento diluído quase por completo.
Estrangeiro
de voz desfeita inteira pelo caminho,
sempre a vontade das terras primeiras, na língua e no tato.
A avó e o irmão,
poema caído:
- Vou-me por sob as árvores que foram de minha mãe
e deixo as semanas, novamente.
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